‘A Substância’, o aclamado terror corporal estrelado por Demi Moore e Margaret Qualley, chegou ao catálogo da Max após uma trajetória de sucesso que o levou a ser indicado ao Oscar. O filme usa o horror para contar uma história trágica sobre a obsessão pela juventude e a autodestruição.
Seu final, ao mesmo tempo grotesco e melancólico, é uma poderosa metáfora. Se você assistiu e quer entender todos os detalhes, nós explicamos o desfecho.
[Atenção: O texto abaixo contém spoilers completos do final de “A Substância”]
Recapitulando a Trama
O filme acompanha Elisabeth Sparkle (Demi Moore), uma celebridade fitness que, ao ser descartada por seu chefe (Dennis Quaid) por estar envelhecendo, recorre a um soro misterioso. O processo cria “Sue” (Margaret Qualley) — uma versão mais jovem, bonita e “perfeita” de si mesma. A regra é que as duas precisam se alternar; uma só pode existir enquanto a outra está dormente.
O Final Explicado: O que Acontece com Elisabeth e Sue?
A relação entre as duas, que no início é uma parceria, rapidamente se torna uma guerra pelo controle. Sue, a versão jovem, começa a quebrar as regras e a “roubar” mais tempo, fazendo com que o corpo original de Elisabeth apodreça em um ritmo acelerado.
No ato final, a tensão chega ao limite. Sue, em uma tentativa desesperada de se livrar de sua versão mais velha e existir sozinha, assassina brutalmente Elisabeth.
Por que Sue se Transforma em um Monstro?
É aqui que o filme revela sua reviravolta trágica: Sue não era uma entidade independente; ela era uma parasita. Ao matar seu “hospedeiro” original, Sue mata a si mesma.
Seu corpo jovem, agora sem a fonte para sustentá-lo, começa a se deteriorar rapidamente. Em pânico, ela tenta usar o soro ativador novamente, mas o resultado é uma fusão grotesca: o rosto apodrecido de Elisabeth ressurge, fundindo-se à força no corpo de Sue. A cena simboliza de forma brutal que é impossível fugir de si mesmo; o “eu” rejeitado sempre retorna, distorcido e faminto.
O que Significa a Cena Final?
A criatura (uma fusão de Sue e Elisabeth) tenta, mesmo assim, apresentar o programa de TV no Réveillon. Ao entrar no palco, o público a vê não como a perfeição que ela buscava, mas como o monstro que ela se tornou. A fuga termina em seu colapso total, uma ruína física e psicológica.
Enquanto isso, o produtor Harvey, o homem que causou a insegurança inicial de Elisabeth, permanece ileso, pronto para encontrar a próxima estrela para explorar. O filme critica a indústria que lucra com a insegurança e descarta mulheres após o envelhecimento, mas deixa claro que o verdadeiro veneno foi a incapacidade de Elisabeth de aceitar a si mesma. O final é cruel, mas coerente: a busca pela perfeição a consumiu por completo.
‘A Substância’ está disponível no catálogo da Max.
