Após o sucesso de crítica e público de “Superman”, a maior pergunta no universo DC é: qual será o próximo filme dirigido pelo próprio arquiteto-chefe do estúdio, James Gunn? Pistas recentes dadas pelo cineasta em uma entrevista ao Deadline apontam de forma quase conclusiva para um único projeto: um filme de equipe focado nos heróis que vêm sendo apresentados em seu novo universo.
E embora essa seja a aposta mais segura e lógica, ela também pode ser a mais perigosa para o futuro criativo do DCU.
Decifrando as Pistas: O Filme da Equipe é Iminente
As dicas de Gunn são claras: um grupo de personagens que “já encontramos”, no qual “Superman é um elemento importante”, e que continua os eventos do filme do herói, mas sem ser uma sequência direta.
Isso nos leva diretamente à equipe que vem sendo cuidadosamente montada em “Superman” e na série “Pacificador”, composta por figuras como Senhor Incrível (Edi Gathegi), Guy Gardner (Nathan Fillion), Mulher-Gavião (Isabela Merced) e Metamorfo (Anthony Carrigan). Embora o filme anunciado oficialmente no primeiro capítulo do DCU seja “The Authority”, a vibe desse grupo evoca a amada “Liga da Justiça Internacional” dos quadrinhos, uma paixão notória de Gunn. A presença de Superman como uma figura externa — talvez um guia moral ou até mesmo um antagonista ideológico para a equipe — se encaixa perfeitamente nesse quebra-cabeça.
A Zona de Conforto de Gunn: Uma Aposta de Sucesso
A escolha faz todo o sentido comercial e criativo. James Gunn é o mestre contemporâneo das equipes disfuncionais. Ele transformou os desconhecidos “Guardiões da Galáxia” em ícones, revitalizou “O Esquadrão Suicida” e aprofundou “Pacificador” com a mesma fórmula de “desajustados que encontram uma família”. Entregar a ele mais um grupo de anti-heróis para desenvolver é jogar em casa, uma aposta de sucesso praticamente garantido para a DC Studios.

O Risco da Repetição: O Perigo do “Mais do Mesmo”
E é aí que mora o perigo. Por mais que o público ame sua fórmula, existe um risco real de saturação criativa. Após entregar um “Superman” que, segundo relatos, resgatou o otimismo e a nobreza clássica dos super-heróis, retornar imediatamente ao cinismo, à violência estilizada e às piadas de um grupo de anti-heróis pode parecer um passo para trás, e não uma evolução como cineasta dentro deste universo.
A grande promessa do novo DCU é a diversidade de tons e gêneros. Se seu principal criador se mantiver em seu território mais conhecido, o universo pode acabar parecendo menor e mais repetitivo do que deveria.
Evoluir ou Repetir?
Não há dúvidas de que um filme dessa equipe nas mãos de Gunn será, muito provavelmente, divertido, emocionante e um sucesso de bilheteria. A questão não é se será bom, mas se é a escolha certa para este momento crucial da construção do DCU. Para provar que seu universo é mais do que apenas “o estilo James Gunn”, talvez o diretor precisasse se desafiar em um território completamente novo. A escolha pela equipe, embora lógica, corre o perigoso risco de ser “mais do mesmo”, por mais excelente que esse “mesmo” seja.
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