Os criadores do fenômeno global La Casa de Papel, Álex Pina e Esther Martínez Lobato, estão de volta à Netflix com uma nova aposta de alta voltagem: “O Refúgio Atômico” (Billionaire’s Bunker). A série, que estreou na última sexta-feira (19), troca os assaltos a banco por um cenário pós-apocalíptico que tem gerado comparações com o sucesso Fallout.
No entanto, a nova produção espanhola chegou ao streaming dividindo a opinião da crítica e do público.
A Trama: Sobrevivência de Luxo no Fim do Mundo
A história se passa no Kimera Underground Park, um bunker de luxo secreto onde 45 das famílias mais ricas do mundo se refugiam para escapar de uma iminente guerra nuclear. Longe de ser um paraíso, o confinamento rapidamente se transforma em um inferno social, onde os privilégios e os conflitos do mundo exterior se intensificam no subsolo.
O protagonista é Max (Pau Simon), um jovem rico que, após cumprir pena por um acidente que causou a morte de sua namorada, é levado ao bunker por seu pai. Lá, ele é forçado a conviver com a família da garota, em uma trama de tensão, culpa e busca por redenção enquanto o mundo que conheciam é destruído na superfície.
A Recepção Dividida: As Primeiras Críticas
Apesar da premissa interessante e da grife de seus criadores, O Refúgio Atômico não tem sido uma unanimidade. A série estreou com apenas 20% de aprovação da crítica no Rotten Tomatoes e uma nota de 56% do público.
- O site Ready Steady Cut elogiou a premissa e as reviravoltas, mas criticou a série por se tornar “excessivamente longa” e se desviar de seu conceito original.
- Já o Heaven of Horror a considerou um “bom entretenimento”, mas apontou que a trama tende a pender para o drama exagerado, quase como uma telenovela.
As Conexões com ‘La Casa de Papel’ e ‘Fallout’
A nova série carrega o DNA de seus criadores, com a sensação de claustrofobia, as reviravoltas constantes e as alianças instáveis que marcaram La Casa de Papel.
A comparação com Fallout é inevitável devido à premissa central: um grupo de privilegiados que se trancou em um bunker tecnológico para sobreviver ao apocalipse, apenas para descobrir que o maior perigo pode ser a convivência entre eles mesmos.
Os oito episódios de “O Refúgio Atômico” já estão disponíveis na Netflix.