‘O Royal Hotel’: Final Explicado do Suspense que Está Bombando na Netflix

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O suspense psicológico ‘O Royal Hotel’ chegou recentemente à Netflix e rapidamente alcançou o topo da lista de mais assistidos. Dirigido por Kitty Green, o filme constrói uma atmosfera de tensão crescente que culmina em um final explosivo e catártico, que tem gerado discussões entre os espectadores.

Se você assistiu e quer entender todos os detalhes, nós explicamos o desfecho e seu significado.

[Atenção: O texto abaixo contém spoilers completos do final de “O Royal Hotel”]

A Trama: O Pesadelo no Outback Australiano

O filme acompanha duas amigas canadenses, Hanna (Julia Garner) e Liv (Jessica Henwick), que, sem dinheiro durante uma viagem de mochila pela Austrália, aceitam um emprego temporário como garçonetes no “The Royal Hotel”, um bar isolado no meio do nada.

Elas rapidamente percebem que o local é frequentado por homens rudes, e a atmosfera se torna cada vez mais pesada com comentários misóginos e uma sensação constante de ameaça. Enquanto a pragmática Hanna quer ir embora, a mais otimista Liv insiste em ficar para juntar dinheiro.

O Ponto de Virada: As Garçonetes Ficam Sozinhas

A tensão atinge um ponto crítico quando o dono do bar, o alcoólatra Billy, se machuca gravemente em uma briga com sua namorada, Carol. Ela o leva para o hospital, deixando Hanna e Liv sozinhas e vulneráveis, encarregadas do estabelecimento por um fim de semana.

O Final Explicado: O Incêndio Como Ato de Libertação

O clímax acontece durante a festa de aniversário de Liv. Bêbada, ela é raptada por Dolly, um dos clientes mais estranhos, que tenta levá-la à força. Hanna consegue impedi-lo furando os pneus de seu carro, o que gera uma briga generalizada.

O momento mais aterrorizante ocorre quando os outros homens do bar, em vez de ajudá-las, começam a discutir entre si sobre “quem vai se aproveitar das garotas”. É nesse ponto que a paciência de Hanna e Liv se esgota. Percebendo que não há escapatória e que a ameaça de abuso é iminente, elas tomam uma atitude drástica:

  1. A Revolta: Elas começam a quebrar as garrafas de bebida do bar, criando o caos.
  2. O Fogo: Hanna usa uma garrafa de álcool para incendiar o balcão. O fogo rapidamente se espalha, forçando todos os homens a fugirem.

A cena final mostra as duas amigas caminhando para longe na estrada, enquanto o Royal Hotel queima ao fundo.

O Significado do Final

O incêndio não é apenas um ato de vingança, mas sim um poderoso símbolo de libertação e catarse. Durante todo o filme, Hanna e Liv foram forçadas a “aturar” e “navegar” por um ambiente de misoginia tóxica, tentando não provocar os homens para se manterem seguras.

O ato final representa o momento em que elas rompem com essa passividade. Ao destruir o bar, elas destroem o espaço físico e simbólico da opressão que sofreram. A cena final, com as duas se afastando do fogo, significa que elas retomaram o controle de suas vidas e não irão mais tolerar o abuso, escolhendo a si mesmas em vez de se conformarem com as “regras” de um mundo hostil.

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