O aclamado diretor Guillermo del Toro, conhecido por sua defesa do artesanato no cinema, fez suas críticas mais duras até agora contra o uso de inteligência artificial generativa para criar arte. Em uma nova entrevista à NPR, o cineasta vencedor do Oscar declarou que “preferia morrer” a utilizar a tecnologia e que sua verdadeira preocupação é a “estupidez natural” por trás dela.
A fala do diretor, que está lançando sua adaptação de ‘Frankenstein’, traça um paralelo direto entre a criação de IA e o clássico conto de horror.
A Crítica à “Estupidez Natural”
Del Toro, que já havia dito “A IA pode se foder!” em um festival na França, agora aprofundou seu argumento, afirmando que a tecnologia é uma ameaça à arte e à emoção humana.
“IA, particularmente IA generativa, não me interessa, nem nunca estarei interessado”, disse o diretor de 61 anos. “Outro dia, alguém me mandou um e-mail me perguntando minha opinião sobre IA e minha resposta foi curta. Eu disse, ‘prefiro morrer’.”
Ele então concluiu com a frase que viralizou: “Minha preocupação não é a inteligência artificial, mas a estupidez natural. É isso que está por trás de tudo de pior que acontece no mundo.”

A Comparação com ‘Frankenstein’
O diretor, que está em plena divulgação de seu novo filme na Netflix, usou seu próprio protagonista para explicar seu ponto de vista sobre os criadores de tecnologia.
“Frankenstein se parece com os caras da tecnologia, de certa forma. Ele está meio cego, criando algo sem considerar as consequências, e acho que temos que pausar e considerar o caminho que estamos tomando”, finalizou.
Sobre ‘Frankenstein’
Descrito como seu projeto dos sonhos, ‘Frankenstein’ adapta a clássica história de Mary Shelley. O filme é estrelado por Oscar Isaac como o Dr. Victor Frankenstein e Jacob Elordi como sua Criação, além de contar com Mia Goth.
O longa já está em cartaz nos cinemas brasileiros e chega ao catálogo da Netflix em 7 de novembro.