Sony Admite Fracasso de Filmes de Heróis e Promete Mudança: “Não se Pode Fazer um Filme Ruim”

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Em uma rara e honesta admissão pública, o CEO da Sony Pictures, Ravi Ahuja, reconheceu os recentes fracassos do estúdio no gênero de super-heróis. Durante uma conferência do Bank of America, o executivo afirmou que a era em que qualquer filme do gênero era um sucesso garantido acabou, e que a Sony precisa melhorar a qualidade de suas produções.

As declarações são uma resposta direta às recepções negativas e ao desempenho decepcionante de bilheteria de filmes como ‘Morbius’ (2022), ‘Madame Teia’ (2024) e ‘Kraven, o Caçador’ (2024).

A Realidade do Mercado: “O Padrão Subiu”

Ahuja relembrou a década passada, quando o cenário era muito diferente. “Houve um período em que qualquer filme de super-heróis tinha quase certeza de sucesso. Acho que o padrão era relativamente baixo”, disse ele em entrevista ao The Wrap.

Hoje, segundo o CEO, a situação mudou drasticamente. O público se tornou mais exigente, e a fórmula antiga não funciona mais. “Agora, até filmes de super-heróis precisam ter um certo grau de originalidade. Eles precisam adicionar algo diferente, ter uma conexão emocional. Eles precisam ser eventos culturais”, analisou. A conclusão de Ahuja foi direta: “Não se pode fazer um filme ruim.”

O Contraste: O Sucesso do Aranhaverso vs. o Fracasso dos Vilões

A declaração de Ravi Ahuja evidencia o paradoxo que a Sony vive em seu próprio universo de heróis. Enquanto o estúdio coleciona fracassos com os filmes derivados focados nos vilões do Homem-Aranha, ele também é responsável por alguns dos maiores sucessos do gênero:

  • Sucessos: A parceria com a Marvel Studios nos filmes do Homem-Aranha de Tom Holland e, principalmente, a franquia de animação Aranhaverso, aclamada pela crítica, vencedora do Oscar e um fenômeno de bilheteria.
  • Fracassos: A tentativa de construir um universo com personagens como Morbius e Madame Teia, que foram amplamente rejeitados pelo público e pela crítica, falhando em criar a “conexão emocional” que o próprio CEO agora aponta como essencial.

O Futuro do Universo de Heróis da Sony

A admissão de Ahuja é o sinal mais claro de que a Sony está ciente de que sua estratégia para os filmes de vilões precisa de uma reavaliação urgente. A fala do executivo sugere que o estúdio pode adotar um controle de qualidade mais rigoroso para projetos futuros, entendendo que apenas a conexão com a marca Homem-Aranha não é mais suficiente para garantir o sucesso. Para os fãs, essa pode ser a promessa de filmes melhores no futuro.

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